Qualificação caótica em Baku
A manhã de sexta-feira no Circuito da Cidade de Baku foi marcada por confusão. Oito pilotos abandonaram a sessão, entre eles Oscar Piastri, que bateu na parede ainda na Q2. O número recorde de seis bandeiras vermelhas deixou a pista queimada, molhada em alguns trechos e quase impraticável em outros.
Mesmo com as interrupções, Max Verstappen conseguiu encaixar sua única volta voadora nos momentos finais da Q3, batendo 1:41.117 e conquistando sua 46ª pole position na carreira. Foi a sexta pole da temporada 2025, mais que qualquer outro piloto até agora. O holandês admitiu que, durante toda a espera, estava irritado por ter perdido a corrida da GT World Challenge que seu projeto, Verstappen.com Racing, disputava em Valência.
"Fiquei puto por ter perdido todo o fim de semana da GT3, mas quando vi a hora no telemóvel, tudo ficou bem", brincou Verstappen nas credenciais pós-qualificação. Na mesma sessão, Carlos Sainz, ao volante da Williams, fez a melhor largada da equipe nos últimos quatro anos, garantindo a segunda posição e colocando a escuderia de volta à frente da grade.
Enquanto isso, Yuki Tsunoda, piloto da Red Bull, surpreendeu ao alcançar o sexto lugar, sua melhor classificação até então. A McLaren, por outro lado, sofreu um dos piores fins de semana da temporada, com ambos os carros longe das primeiras posições.

Desdobramentos para a corrida e o campeonato
No domingo, a corrida refletiu a tensão da qualificação. Verstappen partiu da frente e manteve um ritmo impecável, afastando-se rapidamente dos demais. O resultado foi a quarta vitória da temporada e um “fantástico” desempenho que ele descreveu como “incrível”.
Para a Williams, o segundo lugar de Sainz foi um alívio tardio. Depois de quatro anos sem aparecer no topo da grade, a equipe ganhou nova confiança e começou a pressionar os rivais nas classificações de construtores. Porém, o carro ainda mostrou vulnerabilidades nas voltas de pista curta, o que pode limitar a disputa pelo título.
A McLaren viu seu fim de semana arruinado: nenhum ponto significativo, falhas de estratégia e um ritmo que não acompanhou a velocidade da Red Bull. Essa fraqueza reforça a pressão sobre a direção da equipe para melhorar o carro antes do próximo GP.
Já a Red Bull consolidou sua dominância. Além da vitória de Verstappen, Tsunoda fez um salto de posições impressionante, concluindo a corrida em sexto. Os pontos somados mantêm a equipe em vantagem confortável na luta pelo campeonato de construtores.
Por fim, o dia combinou drama e emoção: enquanto a pista de Baku testou a paciência dos pilotos, Verstappen mostrou que, mesmo distraído por um evento paralelo, consegue transformar pressão em desempenho. O resto do calendário está repleto de desafios, e cada ponto ganha ou perde pode mudar o rumo da temporada de 2025.