Choro e Memórias: Luizão e a Libertadores de 2005
Quem acompanha futebol sabe: ganhar a Libertadores não é para qualquer um. Para Luizão, ex-camisa 9 do São Paulo, esse título mexe de um jeito diferente. Recentemente, ele foi às lágrimas ao lembrar daquela conquista em 2005, quando o clube colocou a América aos seus pés. O detalhe curioso? Mesmo tendo rodado por vários grandes times, Luizão diz que nunca sentiu o que viveu em 2005 em nenhum outro lugar.
Naquele ano, era impossível pensar no São Paulo sem falar de Rogério Ceni, Danilo, Lugano, Grafite, Josué, Cicinho e claro, Luizão. O time comandado por Paulo Autuori era puro entrosamento — tanto dentro quanto fora de campo. O reflexo disso? Uma campanha de respeito, culminando na goleada por 4 a 0 sobre o Atlético Paranaense, que marcou a terceira taça do clube na competição continental e consolidou uma geração lendária.
Vestiário Único e O Papel dos Líderes
Luizão não poupa elogios quando relembra o ambiente do grupo. Ele lembra especialmente dos mais jovens, como Alê, que se espelhavam na postura dos veteranos. Rogério Ceni era o grande capitão, sempre à frente. Lugano, referência para quem queria aprender sobre raça e vontade. Esse tipo de sequência de lideranças criou um clima que, segundo Luizão, não se repete todo dia — e foi vital para aguentar a pressão e os jogos decisivos daquele torneio.
Outro ponto destacado por Luizão é o respeito mútuo que existia nos treinamentos e jogos. Cada um sabia o papel (e a responsabilidade) que carregava ao vestir a camisa tricolor. Isso fez diferença quando as coisas apertaram na Libertadores, principalmente nas fases eliminatórias.
O próprio Luizão marcou sua trajetória como o maior artilheiro brasileiro em uma única edição da Libertadores, com 15 gols registrados naquela campanha. Ele fala desse feito sem arrogância, mas com orgulho e gratidão ao grupo — já que, para ele, cada bola recebida, cada assistência de um companheiro foi peça-chave para a façanha inédita. O recorde virou símbolo da força coletiva daquele time, e não só de uma boa fase individual.
O choro do ex-atacante revela a ligação especial dele com o São Paulo. Entre tantos clubes em que passou, nenhum mexeu tanto com o emocional de Luizão quanto o Morumbi lotado naqueles meses de 2005. Ele diz até hoje que a energia e a garra daquele vestiário são exemplo de futebol – coisa que transcende títulos.
- A liderança de Rogério Ceni moldou a postura do grupo.
- Luizão brilhava finalizando, mas não sem a confiança dos companheiros.
- A goleada sobre o Atlético Paranaense virou referência para outros elencos do clube.
- O clima familiar do grupo, dos mais jovens aos mais experientes, tornou possível um feito tão marcante.
Só quem viveu ou acompanhou sabe: aquela Libertadores de 2005 é inesquecível para torcedores e, principalmente, para quem esteve dentro de campo, como Luizão.