Quando os olhos do mundo estavam voltados para o Gainbridge Fieldhouse na noite de 11 de junho, o Indiana Pacers mostrou porque ainda é um dos times mais resilientes da NBA. Em um Jogo 3 que pode definir os rumos da final, a equipe bateu o Oklahoma City Thunder por 116-107 e virou a série para 2-1. O grande nome da noite foi Bennedict Mathurin, que veio do banco e incendiou a partida com 27 pontos em apenas 12 arremessos. O impacto do reserva foi imediato e devastador, abrindo um leque de opções para Indiana quando o ataque titular não encaixava.
Tyrese Haliburton, o cérebro do time, deu mais uma amostra do seu valor: quase conseguiu um triplo-duplo, terminando com 22 pontos, 11 assistências e 9 rebotes. O armador foi essencial para manter o ritmo quando o Thunder tentava encostar, buscando seus companheiros livres e obrigando a defesa adversária a se reorganizar a cada posse. Outro destaque foi Pascal Siakam, que anotou 21 pontos e manteve uma consistência impressionante nos dois lados da quadra.
A grande diferença apareceu no banco de reservas. O banco dos Pacers fez 49 pontos, contra apenas 18 do Thunder. Essa diferença acabou minando as chances de reação dos visitantes e gerando uma vantagem decisiva nos minutos finais. O líder em quadra, Mathurin, ficou na linha de frente desse domínio, mas compartilhou protagonismo com peças importantes como T.J. McConnell e Obi Toppin, que trouxeram energia, defesa e bolas de três em momentos chave.
O Oklahoma City Thunder parecia caminhar para uma vitória importante ao chegar ao fim do terceiro quarto com cinco pontos de vantagem. Jalen Williams, com 26 pontos, liderou a pontuação, enquanto Shai Gilgeous-Alexander fez 24 e Chet Holmgren, o novato sensação, terminou com 20 pontos. Mas os jovens talentos não suportaram a pressão do último período. O ataque parou, e a defesa não conseguiu segurar o impulso dos anfitriões.
O cenário ficou ainda mais complicado quando as estatísticas históricas apontam: em séries empatadas das finais, quem vence o Jogo 3 leva o título em mais de 80% das vezes. É o tipo de número que mexe com o emocional não só de atletas, mas também de comissão técnica e torcedores. Charles Barkley, ex-jogador e hoje comentarista, foi direto: para o Thunder, o Jogo 4 virou um verdadeiro "Dia D". Se não houver resposta na próxima sexta, a chance de título escapa das mãos com uma derrota em Indianápolis.
O Pacers, embalado e dono da melhor sequência positiva da liga após derrotas desde março, agora joga com o fator casa, confiança em alta e o histórico pesando a seu favor. Em busca do primeiro título da franquia, o time já mostrou que sabe lidar com pressão. O Thunder, por sua vez, vai precisar de ajustes importantes para evitar que a série chegue a um ponto praticamente irreversível.
A bola sobe novamente na sexta-feira, 13 de junho, em um duelo que promete intensidade, nervos à flor da pele e, principalmente, a confirmação de quem realmente está preparado para ser campeão da NBA em 2025.
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