O jogo: Messi muda tudo no segundo tempo
Noite de casa cheia em Fort Lauderdale e roteiro à altura da expectativa: o Inter Miami bateu o LA Galaxy por 3 a 1 no Chase Stadium, diante de 20.846 torcedores, em duelo da temporada regular da MLS neste sábado, 16 de agosto de 2025. O retorno de Messi após lesão virou o jogo — literalmente — com um golaço aos 84 minutos e uma assistência de calcanhar para Luis Suárez já nos minutos finais.
O encontro foi o terceiro entre os clubes pela temporada regular da MLS. O retrospecto geral agora está empatado em 1-1-1, e no Chase Stadium cada lado soma uma vitória. Com céu limpo e temperatura por volta de 30°C (86°F), o cenário foi perfeito para um jogo que começou sob domínio visitante e terminou em festa rosa.
O Galaxy saiu na frente ainda no primeiro tempo com Joseph Paintsil. Foi o quinto gol dele na MLS 2025 e o nono do ano somando todas as competições. A fase é boa: nas últimas cinco partidas, o atacante participou de cinco gols (quatro tentos e uma assistência). O Miami tentou responder, mas esbarrou em uma defesa bem postada e em transições rápidas dos californianos.
Tudo mudou no intervalo. Messi entrou e a partida ganhou outro ritmo. O Inter passou a ter mais posse entrelinhas, prendeu o Galaxy no campo defensivo e rodou a bola com paciência até encontrar espaços. A recompensa veio aos 84: o argentino arrancou, driblou quem apareceu pela frente e soltou um chute forte de fora da área, indefensável.
Se o empate incendiou o estádio, a virada teve a assinatura da velha parceria. Aos 90, Messi achou Suárez com um toque de calcanhar que desmontou a linha defensiva. O uruguaio finalizou com tranquilidade e encerrou um jejum incômodo: era o primeiro gol dele em lance de bola rolando após 12 jogos.
O Inter ainda ampliou nos acréscimos, selando o 3 a 1 em uma reta final de superioridade total. O Galaxy, que tinha o controle do placar antes do intervalo, sentiu a mudança de cenário e não conseguiu retomar a pressão inicial.
Em termos de arbitragem, a partida teve comando de Drew Fischer, com Kathryn Nesbitt e Ryan Graves nas bandeiras, Rosendo Mendoza como quarto árbitro e Kevin Stott no VAR. Jogo corrido, poucas interrupções e decisões sem grandes controvérsias.
Alguns pontos que ajudam a entender a virada:
- Entrada de Messi no intervalo: mais circulação por dentro e passes entre as linhas.
- Compactação do Inter Miami: recuperação rápida da bola após perda e controle territorial no campo de ataque.
- Galaxy mais recuado: dificuldade para sair jogando sob pressão e queda física nos minutos finais.
No pós-jogo, o técnico Greg Vanney tratou de aspectos táticos e também da gestão dos goleiros na etapa inicial. O treinador reconheceu a queda de rendimento no segundo tempo e indicou que a equipe precisa ajustar a consistência sem a bola para encarar a sequência decisiva do calendário.
Impactos na tabela e o que vem pela frente
A vitória mantém o Inter Miami em alta na MLS e fortalece a briga na parte de cima: o time aparece como o segundo colocado na classificação geral. Já o LA Galaxy, terceiro do Oeste, vê a série recente oscilar: são 2 vitórias, 2 empates e 2 derrotas nos últimos seis jogos em todas as competições, com 14 gols marcados e 10 sofridos desde 31 de julho.
O retrospecto direto entre Inter e Galaxy, agora em 1-1-1, reforça como o duelo tem sido equilibrado, mas a sensação é de que a equipe da Flórida ganhou um impulso emocional importante com a volta do seu craque. Messi ofereceu volume, liderança e, principalmente, a sensação de que qualquer jogada pode terminar em gol — o tipo de segurança que pesa em reta final de temporada.
Do lado californiano, a notícia positiva continua sendo Paintsil. O atacante lidera o time no ano em gols somados em todas as competições e mantém sequência produtiva. A questão é afinar o setor defensivo, porque o Galaxy sofreu gols em momentos chave, especialmente nos minutos finais, quando a perna pesa e as decisões contam mais.
O calendário não dá trégua. O LA Galaxy volta as atenções para a Leagues Cup 2025: recebe o C.F. Pachuca nas quartas de final, na quarta-feira, 20 de agosto, às 20h45 (PT), no Dignity Health Sports Park. Pressão extra pela necessidade de resposta imediata após a queda de desempenho no segundo tempo em Fort Lauderdale.
O Inter Miami também tem confronto de alto nível: encara o Orlando City SC na semifinal da Leagues Cup em 27 de agosto, uma quarta-feira. E aí existe um ingrediente adicional: no Fla–Flu da Flórida — o Florida Derby —, o Orlando dominou os dois encontros pela MLS neste ano com placares expressivos, 3 a 0 no Chase Stadium em maio e 4 a 1 no início deste mês, somando 7 a 1 no agregado. É o tipo de incômodo que vira combustível dentro do vestiário.
Para além da tabela, a noite no Chase Stadium recoloca o Inter Miami em outro patamar de confiança. Com Messi saudável, Suárez reencontrando o gol e o time ajustado para pressionar alto sem se desorganizar, a equipe dá sinais de maturidade competitiva. Em jogos grandes, essa mistura costuma pesar.
Ficha rápida do confronto:
- Placar: Inter Miami 3 x 1 LA Galaxy
- Estádio: Chase Stadium, Fort Lauderdale (FL)
- Público: 20.846
- Clima: céu limpo, 86°F (cerca de 30°C)
- Árbitro: Drew Fischer (assistentes: Kathryn Nesbitt e Ryan Graves; 4º árbitro: Rosendo Mendoza; VAR: Kevin Stott)
- Gols: Joseph Paintsil (GAL) no 1º tempo; Messi (MIA) aos 84; Luis Suárez (MIA) aos 90; mais um do Inter nos acréscimos
Em termos de narrativa de temporada, o recado ficou claro: com seu principal jogador de volta, o Inter Miami recupera o protagonismo e se coloca como candidato forte tanto na MLS quanto nas copas. O Galaxy, competitivo e perigoso, precisa ajustar a gestão dos momentos finais para transformar boas atuações em resultados consistentes.
